A primeira Páscoa

1448 AC – (Anno Mundi 2448) – a instituição da Páscoa
Cabe aqui uma melhor explicação sobre a décima praga, pois é neste momento histórico que se dá a instituição da festa da Páscoa entre os judeus.

O significado da palavra Páscoa (PESSACH) pode ser entendido simplesmente por “passagem”, pois representa a passagem do anjo da morte sobre o Egito para tomar a vida de todo primogênito, tanto de homens, como de animais.

Deus disse a Moisés que naquele mês o povo partiria do Egito para a Terra Prometida e que este mês deveria ser contado no calendário como o primeiro do ano, o qual os judeus chamam de Nisã e também de Abibe.

Portanto, o início do ano judaico começa com os preparativos para a celebração da Páscoa. O mês judaico de Nisã equivale ao nosso mês de Abril ou, às vezes, ao mês de Março.

No judaísmo moderno, no entanto, os judeus celebram seu ano novo no mês de Tishrei (Setembro), pois segundo a tradição judaica, foi neste mês que Deus criou o homem.

Conforme o Capítulo 12 do Livro de Êxodo, a instrução de Deus para o povo era que no décimo dia daquele mês cada família deveria tomar para si um cordeiro macho de um ano, sem nenhum defeito, para que na tarde do dia 14 este cordeiro fosse sacrificado para a Páscoa. Se a família fosse pequena ela poderia dividir o cordeiro com outra família, porque depois da celebração da Páscoa, nada do cordeiro deveria ser guardado para o dia seguinte, e sim, queimado aquilo que sobrasse.

O sangue do cordeiro deveria ser então pintado nas ombreiras e na verga da porta da casa de cada um, de maneira que quando à meia noite daquele dia, passasse pelo Egito o anjo da morte, vendo ele aquele sinal na porta não entraria naquela casa, e assim a vida dos primogênitos seria poupada. Nas casas onde não houvesse aquele sinal, o primogênito seria morto, tanto homem como animal (Ex 13:15).

Depois de marcada com sangue a porta, a família deveria se recolher à casa e de maneira nenhuma sair dela até o amanhecer. A carne do cordeiro da Páscoa deveria ser assada no fogo e comida com ervas amargas e pães ázimos, quer dizer, pães sem fermento. Nenhum osso do cordeiro poderia ser quebrado. Aquilo que sobrasse do cordeiro deveria ser queimado no fogo, não devendo ficar nada para o dia seguinte.

As pessoas deveriam comer a Páscoa apressadamente, vestidas para uma viagem, com os pés calçados, e os homens com seus cajados à mão para simbolizar que estavam de partida. O pão sem fermento simboliza a pressa que tinham em sair daquele lugar e as ervas amargas serviriam para lembrar os duros tempos de escravidão no Egito.

A instrução de Deus foi que esta festa deveria ser celebrada não só aquele dia, mas para sempre pelos judeus, todos os anos na mesma época, e que quando os filhos perguntassem aos pais o significado da Páscoa, deveriam ser ensinados que o Senhor passou pelo Egito e livrou os filhos de Israel. A Páscoa dos judeus celebra a libertação do povo da escravidão do Egito.

Mil quatrocentos e setenta e sete anos depois disto aconteceria de Nosso Senhor Jesus Cristo ser crucificado durante a Páscoa. Seu sangue foi derramado na cruz do calvário para nos libertar da escravidão do pecado. Seria isto uma coincidência? De maneira nenhuma. A Páscoa e o sacrifício de Jesus estão intimamente ligados como veremos adiante. A Páscoa, ocorreu, portanto, no dia 14 de Nisã do Anno Mundi 2448, véspera do Êxodo de Israel.

4 comentários

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4 responses to “A primeira Páscoa

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  2. odair carlos leite

    CONSIDERANDO QUE O DILÚVIO FOI NO ANO MUNI DE 1656 E A LIBERTAÇÃO DO EGITO FOI MIL ANOS APÓS NO ANO MUNDI DE 2.656 E NAQUELE ANO MOISÉS ESTAVA COM 80 (OITENTA) ANOS DE IDADE E JESUS NASCEU NI ANO MUNDI DE 3996 E FOI BATIZADO EM 4,027 COM 30 ANOS IDADE E POR TRÊS ANOS E MEIO = 42 MESES E MORREU COM 33 ANOS E MEIO NO ANO 4,030. ESTE É O CORRETO E NÃO COMO VSA, MENCIONOU É SÓ FAZER ASO CONTAS A PARTIR DE 130 ANOS QUANDO ADÃO TINHA DE IDADE AO NASCER O SETE NOME DO TERCEIRO FILHO. E ISTO EU FIS MUITOS CONTAS E BATEU COM AS DO DICIONÁRIO BÍBLICO UNIVERSAL DE 1953 . BENÇÃOS E SE CORRIJAM ..

  3. Prezado Odair, como está?
    O Êxodo, conforme a contagem bíblica, foi em 2.448, e não 2.656. Não seguimos o Dicionário Bíblico, mas a Bíblia. Não há o que corrigir.

  4. Boa noite caro amigo! Na descrição bíblica, data a respeito dos anos que os filhos de Israel habitaram no Egito: ‘Ora, a permanência dos filhos de Israel no Egito durou quatrocentos e trinta anos.Ex 12:40’ No texto diz a respeito dos anos de permanência no Egito, Isaque até onde se sabe, não habitou no Egito por ordem do Senhor: O SENHOR apareceu a Isaque e orientou-o: “Não desças ao Egito; fica na terra que Eu te indicar.Gn 26:2″
    Sendo assim, desde que Jacó entrou no Egito(Gn 45:6) no ano de 2238, são somados 430 anos que “habitarão no Egito”, culminando com a saída em 2668. Abraçs